sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Da OPUS com amor!

Todos nós hoje levamos uma “ensaboadela” com a notícia de que o Sr. Paulo Teixeira Pinto “renunciou” ao cargo de presidente do BCP, o maior Banco, segundo dizem, de Portugal (e arredores…).
Os noticiários de rádio não se calaram com o assunto, os da TV «idem aspas», deu-se uma ênfase dos diabos à saída de um cavalheiro que, certamente, parte bem na vida.
Há umas semanas, a respeito da mesma personagem, lá vinha na capa de uma revista a foto do senhor e a notícia de que tinha abandonado a Opus Dei. Comecei a pensar que se ele tivesse sido catequista ou vicentino certamente que ninguém ia ligar ao facto de deixar de servir a Igreja num destes “servicinhos”. Mas como deixou a Opus Dei, a coisa é diferente… Agora como abandonou o BCP lá volta a dose de informação que nos leva, querendo ou não, a decorar o nome destas individualidades. Connosco nunca é assim. Podemos fazer as maiores maravilhas ou sofrer as piores desgraças e ninguém nos noticia.. somos raia pequena.
Mas o que tem mais piada no meio disto tudo é que Jardim Gonçalves, o antecessor de Paulo T. Pinto, em guerra com ele e quando ambos apareciam para as assembleias sem se falarem (zangados, não é que si diz?), agora está na TV a traçar um elogio a Paulo T. Pinto, porque já saiu do banco. Compreendem isto? Eu não. Faz-me lembrar que quando as pessoas morrem, mesmo tendo sido os piores filhos da mãe, tornam-se sempre uns santos: «ele até nem era assim tão má pessoa...».
Que fazer? Pois nada, apenas ir vendo estes “bezerros de ouro” que se digladiam por coisa de pouca monta, sim, porque o dinheiro, embora alivie os nossos fardos e pague as nossas contas ao fim do mês, não dá o essencial à vida e quem disser o contrário é porque existe mas não vive verdadeiramente.
E para que não digam que eu sou um maldizente, aqui deixo uma frase que o sr. Paulo Teixeira Pinto escreveu numa carta de despedida que enviou por mail (ai não!, que pelos CTT gastam-se selos!) aos funcionários do BCP, e que eu, por acaso, achei engraçada e que vale a pena reter:
Porque nós somos não apenas aquilo que de facto somos mas igualmente o que os outros de nós ajuízam”.
Ora aí está uma meia verdade! Eu diria, se me fosse permitido: «Nós somos aquilo que de facto somos e o fruto daquilo que realmente fazemos».
Bom fim-de-semana!
AS

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