
São cartas que ela dirigiu, de modo pessoal, a várias religiosas e superiores e que, no fim da vida, manifestou o desejo de que fossem destruídas, mas o Vaticano achou que deviam ser preservadas e agora decide publicá-las no dia 4 de Setembro, em formato de livro.
Quem conheceu, ou acompanhou a vida de Madre Teresa, identificou nela uma vontade vertical e inamovível. Era uma mulher de ferro, com ideias claras e, apesar da sua figura franzina, ela media-se pela força do Evangelho que, a modo de cruz, dependurou como insígnia no hábito que a revestia. Quando falava, tal era a sua humildade e firmeza, que silenciava os seus mais frenéticos opositores. Por isso, o seu desejo de que as cartas fossem destruídas devia ter sido escutado e cumprido. São cartas da intimidade de uma alma, cartas que revelam a dor do “silêncio de Deus” e que se tornaram partilha entre duas pessoas: o remetente e o destinatário. Mas, o Vaticano, achou que não, porque, segundo se afirmou, a leitura destas cartas pode ajudar muita gente.
Mas, sabiam que a revista Time é que tem os direitos da divulgação do livro e que já publicou vários trechos destas cartas? Ora aqui está. O pobre, com a anuência da Igreja, continuará a ser explorado até depois da morte. O livro tem o título: "Mother Teresa: Come Be My Light".
Madre Teresa morreu em 1997, com 87 anos, há 10 anos. Foi um modelo para muitos cristãos e apreciada por tantos outros não cristãos.
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