sábado, 15 de setembro de 2007

Por causa da Incoerência

Penso que um dos maiores males e, talvez, o que mais assola a nossa sociedade é o da incoerência. Em nome dela, e por causa dela, muitos moralistas ergueram a sua voz e estabeleceram regras de ouro a serem respeitadas por todos menos por eles. Quantas vezes, são os próprios moralistas, ou pseudomoralistas, que julgam saber mais do que os outros em matéria de comportamentos, os primeiros a meter o pé na chaca!!!
Pois é, mas é com estas personagens que temos de lidar no dia-a-dia. Moralistas que ditam regras aos outros, que exigem comportamentos rectos e irrepreensíveis e que, em nome de Deus e dos bons costumes, defendem as maiores convicções e valores que, depois, são incapazes de eles próprios cumprirem.
Aí os vemos, pregando em praça pública um celibato e uma pureza que, depois, em recantos escuros e escondidos e pela calada da noite não cumprem; pregando um desprendimento material que, depois, entre suaves palavras evangélicas, contrariam para defender a sua avidez pelo dinheiro; pregando um amor fraterno que, depois, sob o lema da justiça implacável, esquecem e tornam-se, eles próprios, os maiores opressores; pregando uma bondade que, logo a seguir, anulam por causa do vício da maledicência que tão argutamente exercem; etc.
São estes os moralistas que temos e que, por muito sabichões que se julguem, pensam que enganam a Deus e ao mundo, mas não enganam não, porque Deus não se deixa aprisionar por ninguém e ilumina o coração daqueles que estes santoches (mistura de santo e fantoche) tanto desejam subjugar!

AS

Sem comentários: